quarta-feira, 16 de maio de 2012

Encruzilhada

Antonio Manoel Abreu Sardenberg

Os mistérios do horizonte - René Magritte














Na encruzilhada da vida,
A dúvida bate tão forte
Que a gente perde o norte,
A reta, a rota, o rumo...
Perde o equilíbrio, o prumo,
O tino, o jeito, o porte.
Perde o fio da meada
E, para achar a estrada,
É preciso muita sorte.

A razão com seu jeitinho
Fala pra gente baixinho
Qual o caminho mais certo,
Qual o atalho mais perto,
Onde fica o paraíso!
Aí vem o coração
Cheio de sonho e paixão
A discordar do juízo...

A incerteza aparece.
Nosso peito então padece,
Sem saber a quem ouvir.
E pra gente se encontrar,
Aonde devemos ir?

Vamos partir para o norte,
O leste, o centro, o oeste
Ou esperar que, na noite,
Naquele céu todo azul
Brote o cruzeiro do sul
Nos apontando ao certo
O nosso porto seguro
E nos tirar do apuro,
Nos resgatar do deserto

E com a lição aprender
Que, em toda encruzilhada,
Há uma direção errada,
E outra que é a certa,
Que nos conduz a chegada!


(Poema publicado com a autorização do autor)

Um comentário:

  1. Querida amiga e grande poetisa Márcia Sanches Luz. Foi com imenso prazer que li o meu poema Encruzilhada abrigado aqui no seu maravilhoso blog. Sinto-me extremamente honrado em poder estar aqui com você e com tantos outros amigos que foram destinguidos com a publicação de suas obras. O seu espaço cultural é uma excelente opção de leitura para os internautas sedentos de home pages com riqueza de conteúdo e beleza plástica. Parabéns por divulgar com tamanha competência obras de nossa literatura. Um abraço - Sardenberg

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