sábado, 21 de julho de 2007

TRAGÉDIA

VÔO 3054, TAM – A TRAGÉDIA

Mais um vôo que ficou para trás.
Por trás disso tudo, o que fica para nós?
Mais uma triste estatística somente, ou será que devemos nos reorientar para tentarmos buscar soluções para as quais políticos fecham os olhos?

Tantas vidas se perdem hoje, quantas vidas se perderam e quantas ainda hão de se perder nesse turbilhão de horrores que transformam nosso dia a dia, fazendo-nos sentir cada vez mais impotentes frente à realidade que assusta, incomoda, e na qual não interferimos como agentes que, pressupostamente, deveríamos ser.

Será que não estamos também fechando nossos olhos para os horrores, e por que não dizer atentados, que presenciamos a todo instante? Será que nossos corações já se acostumaram com ignóbeis fatos?

Permito-me, hoje, estancar as lágrimas para não estancar a revolta, para poder ver com mais clareza e sensibilidade o que desconfigura nosso “status” de ser humano.

Tanto vemos e ouvimos que acabamos por nos acostumar com tais fatos. Precisamos voltar a gritar, mesmo que esse grito não atinja a imensidão de falcatruas a que nos habituamos, querendo ou não.

É preciso acordar desse pesadelo, rever nossa postura com relação ao mundo, para tentar reverter esse processo que nos leva, a curto prazo, ao fim de nossos dias enquanto seres que pensam e se crêem capazes de algo que realmente intervenha e interfira nessa realidade cruel.

Márcia Sanchez Luz
(madrugada de 17 para 18 de julho de 2007)

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